Herman Schmitz conta histórias de Terrassol — O Pesadelo


Leitura performática de um conto de ficção científica do meu livro Terrassol (inédito), narrando as dificuldades de um astronauta para sobreviver sozinho em uma estação espacial experimental orbitando Titã, o sexto satélite de Saturno.

***
Herman Schmitz é natural de Curitiba, mas vive em Londrina há mais de vinte anos. Poeta, Escritor, Ator, Músico diletante, e Design Gráfico, vem experimentando diversas linguagens ao longo de sua carreira.
 

Atualmente mantém os Blogs: Grafados (http://grafados.blogspot.com.br/) na área de literatura e imagem; e Marcianos Como No Cinema por onde divulga a literatura de ficção científica mundial, que infelizmente, é um planeta praticamente inexplorado no Brasil.

Terminou recentemente um livro de contos neste gênero intitulado Terrassol, com 25 histórias que se intercalam formando um mosaico da vida na Terra vista por olhos alienígenas.

Estudou Filosofia, Sociologia e Física inconclusos, mas atualmente, aos 52 anos de idade, está fazendo o segundo ano do curso de Letras.


Quem estiver em londrina nesta sexta 14 de março de 2014, não perca!!!

Philip José Farmer - Se William Burroughs Tivesse Escrito o Tarzan (Conto)



Um Tarzan Junkie... ou "Se William Burroughs tivesse escrito o Filho das Selvas...

EL NIÑO PODRIDO DE LA JUNGLA PASA DE TODO
PHILIP JOSÉ FARMER

(Traducción Domingo Santos)

Si William Burroughs, en lugar de Edgar Rice Burroughs, hubiera escrito las novelas de Tarzán...

Grabaciones cortadas y remontadas al azar por Ramaenrama Bruce, el viejo chimpancé narco, el tonto del culo, compinche del Niño, lívido y frío en la caja orgónica.

del discurso en el Parlamento de Lord Greystoke, alias el Niño Podrido de la Jungla. a salón lleno, con gente de pie incluso, y el Niño metiéndoselos realmente a todos en el bolsillo.

Philip José Farmer — Cover Gallery & Biography

Google+: https://plus.google.com/u/0/photos/103998711237758699926/albums/5982913546414373873

Pinterest: http://www.pinterest.com/hermanschmitz/philip-jos%C3%A9-farmer-gallery/

Philip José Farmer (26 de janeiro de 1918, Terre Haute, Indiana — 25 de fevereiro de 2009, Peoria, Illinois) foi um escritor estadunidense de ficção científica e fantasia. Passou boa parte da vida em Peoria, Illinois, onde veio a falecer.

Isaac Asimov - 100 Preguntas Basicas Sobre La Ciencia (PDF)


Livro importante para a ficção científica, pois a ficção deve vir justamente deste conhecimento chamado "científico" e o mais abrangente possível.

Link para ler ou imprimir ou baixar... http://www.slideshare.net/slideshow/embed_code/31476507 

Índice do Livro:

SÃO PAULO, 31 DE JULHO DE 2013 - Luiz Bras (Conto)


Conto de LUIZ BRAS, cedido pelo autor, da sua antologia PARAÍSO LÍQUIDO, 2010.

Este conto rápido, escrito na melhor tradição epistolar da ficção científica, de excelente bom humor e que vem desafiar a nossa credibilidade, foi lançado primeiramente, numa coletânea intitulada Cartas do Fim do Mundo, lançada em 2009, onde cada autor foi convidado a escrever uma carta tratando do tema apocalipse.


* * *


SÃO PAULO, 31 DE JULHO DE 2013
 


Jonas, não entre em pânico, respire fundo.


Você não tem muito tempo, o taxímetro está correndo. Os próximos três anos e meio vão passar muito rápido. É indispensável que [trecho ilegível]. Mesmo assim, sei que você precisará de pelo menos uma semana pra assimilar esta carta. Sua primeira reação será imaginar que se trata de uma brincadeira de mau gosto. Isso é o que eu imaginaria se estivesse no seu lugar. Uma piada bem elaborada, mas cretina. Tudo o que eu peço é que não perca mais de uma semana interrogando os colegas e os parentes, procurando digitais, testando o papel e a tinta, dormindo mal, comendo mal. Apesar de eu não ter como provar (estou sozinho e não há tempo!), acredite em mim: esta carta é verdadeira. Não reconhece a letra? Você mesmo a escreveu. Não fique repetindo infinitamente os mesmos exames, não passe dias no laboratório. A grafia é tua, a assinatura também. Repito: este alerta foi escrito por você. Não hoje, não ontem. Três anos e meio no futuro. Eu sou você. Se aceitar esse fato e mantiver a cabeça fria, talvez você consiga salvar algumas vidas. Incluindo a tua (nossa).

Sei que eu sou a última pessoa na face da Terra de quem você esperaria receber notícias. Mas, como eu disse, não deixe de comer ou dormir por minha causa. Não fique investigando os amigos e os desafetos, imaginando que esta carta é uma brincadeira de extremo mau gosto. Não tente descobrir quem é que está sacaneando você. Porque ninguém está sacaneando você. Acredite, no período de três anos e meio que nos separa, a vida ficou muito complicada. Eu não escreveria esta carta se houvesse outra forma de salvar a humanidade. Ou parte dela.

[Trecho ilegível.] Como daqui a quinze minutos eu estarei morto, vou direto ao ponto: em três anos e meio, se não houver um modo seguro de chegar a Marte e criar a toque de caixa uma colônia auto-sustentável, você vai morrer de maneira dolorosa. Você e quem mais estiver por perto. Sei que está pouco se lixando para o resto do país ou do planeta. Você é um incurável egoísta, sempre foi. Tão incurável que eu mesmo continuo não dando a mínima para os outros. Mas, acredite, você vai precisar de ajuda, de muita ajuda, se não quiser virar pó (eu não quero!). Enfia isso na tua cabeça: Marte. Temos que ir pra lá. Não, não discuta comigo. Sei que a lua está mais perto, mas não adianta. Só estaremos a salvo em Marte.

Se nada for feito, [trecho ilegível]. Se você não acreditar em mim, a extinção da vida na Terra acontecerá da seguinte maneira: em janeiro de 2012, insetos inteligentes ocuparão as principais capitais do mundo. De onde surgiram? Ninguém sabe. Enquanto as nações mais desenvolvidas estão preocupadas com o aquecimento global, cupins (Cryptotermes brevis) e baratas (Periplaneta americana) com QI em torno de duzentos vão tomar conta das regiões urbanas. [Trecho ilegível] será impossível. Apesar do susto, no início a convivência entre nós e eles será pacífica. A curiosidade científica falará mais alto. Trocaremos experiências e informações. Mas em seis meses esse namoro vai terminar de modo violento. Logo ficou claro que duas classes tão diferentes de seres vivos jamais conseguiriam dividir o mesmo espaço. Então teve início a guerra.

Em janeiro de 2013, metade da população humana já terá sido dizimada. Assustador, não? Isso não significa que estamos perdendo a guerra. A população global de insetos também caiu pela metade, atingida por bombas e pesticidas de última geração. Mas uma série de mutações genéticas resultará numa espécie prolífera e superconsciente de trepadeira (Clytostoma binatum), que se espalhará pelos cinco continentes. Logo homens e insetos terão que se haver com outro inimigo, num ménage à trois belicista. Porém em seis meses as três famílias serão surpreendidas por uma pane, vamos dizer, geológica. O que é isso? Mais ou menos como se todos os minerais do planeta, insultados pela violência irracional de homens, insetos e plantas, decidissem pôr fim à barbárie. Vulcões entraram em erupção. Furacões, terremotos e maremotos estão sacudindo a biosfera. Se me confundo com os tempos verbais (escrevendo ora no passado ora no futuro), é porque, preso neste bunker e à beira da morte, está sendo difícil manter a coerência.

Três dias atrás aconteceu algo mais assustador ainda. Um fenômeno absolutamente assombroso. Nem sei como explicar. Um vírus de computador. Ou algo parecido. Prepare-se, esse vírus vai se espalhar por todo o ciberespaço e contaminar pessoas, insetos e plantas. Isso mesmo: pessoas, insetos e plantas. Estamos todos contaminados. Febre, náusea e fotofobia. Delírios e alucinações. Talvez fosse mais acertado falar em câncer. Estamos todos definhando da forma mais cruel. Estamos [trecho ilegível]. A doença danificou nossos sistemas de comunicação. Tevê, rádio, cinema, telefone, internet, livros, revistas, jornais, um horror. Mas a metástase foi mais ampla, comprometendo também o sistema nervoso das pessoas. Já não consigo distinguir a fantasia da realidade. Sinto que minha mente e toda a informação transmitida por cabo ou via satélite estão entrelaçadas. Personagens de antigos desenhos animados, liderados por Pernalonga, esmurram a porta do bunker. [Trecho ilegível] tenho só uns cinco minutos, antes que Superman abra um buraco na parede à prova de cataclismo.

Essa é a situação hoje. Não duvide, o que eu acabei de revelar VAI acontecer. O fim do mundo já tem data certa: 31 de julho de 2013. Daqui a pouco eu estarei morto. Por isso esta carta. É preciso que você mude o futuro, só assim eu e você sobreviveremos. Não dá mais tempo de impedir o surgimento dos cupins e das baratas inteligentes. Eles já estão aí, conspirando nos esgotos, nos subterrâneos, escondidos. A guerra que virá é inevitável. Também não dá mais tempo de impedir a aparição das trepadeiras superconscientes (sensitivas) ou a pane geológica ou o câncer das telecomunicações ou a histeria coletiva ou [trecho ilegível], não dá, não dá. Tudo isso já está orquestrado e vai acontecer mesmo que você, o papa, a Madonna e a ONU tentem evitar. Mas ainda dá tempo de começar a pôr em prática um plano de fuga. Não hesite, não contemporize, não tergiverse. Faça exatamente o que vou dizer.

Esqueça as aulas de química e o laboratório, esqueça [trecho ilegível], nada disso terá utilidade. Concentre-se na arte de seduzir e influenciar as pessoas, também chamada de política. Ou religião.

Primeiro você precisará aliciar e doutrinar três secretários. Isso levará seis meses. Em seguida cada secretário formará três superintendentes. Isso levará três meses. Você e os três secretários aliciarão e doutrinarão as dez pessoas mais ricas do mundo enquanto os nove superintendentes coordenarão a construção de um estaleiro secreto. Isso levará mais três meses. Cada uma das dez pessoas mais ricas do mundo criará e administrará uma empresa de mil funcionários. Cada empresa ficará responsável por um setor relevante para a missão: engenharia, energia, informática, astronáutica, meteorologia, medicina, agricultura, pecuária, psicologia e (muito importante, acredite) astrologia. Isso levará mais seis meses. Não preciso repetir que toda essa atividade terá que ser realizada em absoluto segredo, preciso? Em um semestre, a partir desse momento, insetos inteligentes ocuparão as principais capitais do mundo (eu disse isso no começo). Então você, os três secretários, os nove superintendentes, os dez magnatas e os dez mil funcionários terão seis meses pra ocultar totalmente o estaleiro. Como? Camuflagem. Na verdade, supercamuflagem. Serão sete camadas. [Trecho ilegível] cada estrato. Primeiro uma cúpula de titânio e kriptonita (contra a visão de raios X). Revestindo-a, uma camada de papel-alumínio non plus ultra (contra a transmissão de pensamento). Revestindo-a, uma camada de isopor radioativo blasé (contra os satélites espiões). Revestindo-a, uma camada de esterco desidratado de lhama (contra os cães farejadores). Revestindo-a, uma camada de fibra de vidro mata-mosquito (contra o transtorno bipolar). Revestindo-a, uma camada de palha de aço cão-tinhoso (contra calúnias e difamações). E finalmente, revestindo-a, uma camada bem grossa de alho húngaro triturado (contra feitiços e mau-olhado).

A partir de janeiro de 2012, como eu disse, o mundo começará a sofrer transtornos graves e o equilíbrio [trecho ilegível]. É importante que você, os três secretários, os nove superintendentes, os dez magnatas e os dez mil funcionários estejam a salvo no estaleiro secreto, trabalhando intensamente na nave que levará todos nós a Marte. Os últimos boletins recebidos hoje informaram que [trecho ilegível], a magnetosfera foi comprimida e a distribuição de partículas energéticas foi drasticamente alterada. Também informaram que a lua está se aproximando da Terra, alterando o regime das marés. Em breve o campo gravitacional do nosso planeta fragmentará a lua. Milhares de asteroides se chocarão com a Terra. Por isso eu disse: vá pra Marte.

Você não tem muito tempo, o taxímetro está correndo. Os próximos três anos e meio vão passar muito rápido. Superman, Pernalonga, [trecho ilegível], Snoopy e Mafalda já estão quase entrando. Enviar esta carta será certamente meu último gesto. Um gesto esperançoso. Meu tempo acabou. Sei que você precisará de pelo menos uma semana pra assimilar esta carta. Sua primeira reação será imaginar que se trata de uma brincadeira de mau gosto. Mas eu juro que se nada for feito, se você não acreditar em mim, a extinção da vida na Terra começará em janeiro de 2012, com a invasão dos insetos. Então, seja inteligente. Lembre-se da Aposta de Pascal:

Partindo do pressuposto de que você não sabe se esta carta é verdadeira ou falsa, há uma probabilidade de cinquenta por cento pra cada possibilidade. Se a carta for falsa, em janeiro de 2012 os insetos não aparecerão e você terá perdido dezoito meses de sua vida, organizando uma desnecessária e ridícula expedição a Marte. Sua perda será relativamente pequena: a execração pública, o [trecho ilegível], só isso. O povo tem memória curta, em pouco tempo tudo estará esquecido. Ufa. Ninguém morrerá, principalmente você. Porém, se a carta for verdadeira, em janeiro de 2012 os insetos aparecerão e você terá trabalhado dezoito meses num projeto valioso que dois anos depois salvará sua vida e a minha. Pense nisso. Mas não demore muito pra fazer a aposta certa. Meu tempo acabou. Merda. Superman e Pernalonga já [trecho ilegível]

Jonas


* * *
Luiz Bras nasceu em 1968, em Cobra Norato, MS. É escritor e doutor em Letras pela USP. Já publicou diversos livros, entre eles Sozinho no deserto extremo (romance), Paraíso líquido (contos), Muitas peles (artigos e ensaios), Sonho, sombras e super-heróis e Babel Hotel (romances juvenis) e, em parceria com Tereza Yamashita, os infantis Dias incríveis, A última guerra e Ganhei uma menina!

Colabora regularmente com a Folha de S.Paulo, resenhando lançamentos do mercado editorial. Mantém uma página mensal no jornal Rascunho, de Curitiba, intitulada Ruído Branco. Também mantém o blogue ObjetoNãoIdentificado: http://luizbras.wordpress.com

Em 2013, foi um dos setenta escritores da delegação brasileira que participou da Feira do Livro de Frankfurt.

O romance Sozinho no Deserto Extremo será publicado na Alemanha, em 2014, pela Arara Verlag.



Frederik Pohl - EL DIA DE LA ESTRELLA NEGRA (Resenha e PDF)


Leia online o PDF agora: http://www.slideshare.net/slideshow/embed_code/31271705

Resenha de Domingo Santos

EL DIA DE LA ESTRELLA NEGRA
Frederik Pohl

Como dijo recientemente un crítico, "aunque sólo hubiera escrito Mercaderes del espacio (y aunque fuera en colaboración con C. M. Kornbluth), Frederik Pohl merecería un lugar de honor en la historia de la ciencia ficción". A esta obra, sin embargo (que indudablemente señaló todo un hito en el género), yo me atrevería a añadir otras: Homo Plus, Pórtico..., y, por supuesto, ésta.

El día de la estrella negra (no me pregunten el simbolismo del título, por favor) es a mi juicio una de las obras más originales de Frederik Pohl. Empieza como una sobrecogedora antiutopía: Rusia y los Estados Unidos se han destruido mutuamente en una alocada y devastadora guerra nuclear, y tras ella China ha ocupado su lugar como primera potencia mundial, con la India como eterno enemigo. Lo que queda de los Estados Unidos ha sido ocupado por los chinos, que han iniciado una lenta reconstrucción y mantienen el país bajo una benigna esclavitud, más cultural que física. El primer tercio de la novela se encarga de pintarnos este cuadro realista, tan convincente como aterrador. Pero Pohl es incapaz de limitarse a esto como planteamiento de uno de sus libros. Y, así, pronto aparece una nave desconocida, y una lejana colonia espacial de estadounidenses acérrimos que suenan con reconquistar su gloriosa nación, así como una raza alienígena de animales de compañía hechos inteligentes por sus antiguos amos desaparecidos...

Con todos estos elementos, Pohl construye un relato que puede leerse a múltiples niveles. Debajo de la apasionante aventura superficial, que entusiasmará a cualquier aficionado a la ciencia ficción, subyacen capa tras capa de significados. No tengo intención revelarles aquí ninguno de ellos (ni siquiera, repito, el simbolismo del título). Lo único que les pido es: léanla, y no se queden en la primera capa. No duden en escarbar. Les aseguro que se verán ampliamente recompensados.

DOMINGO SANTOS

Frederik Pohl - Galeria de Capas


Visualizar as imagens no Google+ por aqui: https://plus.google.com/photos/103998711237758699926/albums/5981088838958131489

E no Pinterest: http://www.pinterest.com/hermanschmitz/frederik-pohl-gallery/

Pohl, Frederik
(1919-2013)

Olaf Stapledon — Os Objetivos da Ficção Científica



Os Objetivos da Ficção Científica

David Pringle 

Durante mucho tiempo, la cf careció de una identidad claramente definida. En Gran Bretaña, algunos novelistas escribieron historias que prolongaban la tradición wellsiana. Tal vez el más conocido de ellos sea Aldous Huxley, aunque Olaf Stapledon, autor de La última y la primera humanidad (1930) y Hacedor de estrellas (1937), tiene fama de haber sido el más importante de todos.

Stapledon no bautizó a sus libros como de «ciencia ficción» –término cuya invención se supone que tuvo lugar en los Estados Unidos en 1929–, pero no cabe duda de que la tarea que se impuso fue la de iluminar, en forma de ficción, las perspectivas de la ciencia moderna. «Escribir novelas sobre el futuro lejano», decía en el prefacio de su primera novela,

(...) es intentar contemplar a la raza humana en su medio cósmico, y abrir nuestros corazones a nuevos valores.

Pero para que esa construcción imaginaria de futuros posibles sea poderosa, nuestra imaginación ha de estar sujeta a la más rigurosa disciplina. No hemos de trasponer los límites de la cultura particular en que vivimos. Lo meramente Fantástico sólo tiene un poder menor. No es que debamos buscar la profecía... Únicamente podemos seleccionar una hebra, de toda una maraña de posibilidades igualmente válidas. Pero tenemos que seleccionarla con una finalidad. La actividad a que nos lanzamos no es ciencia, sino arte...

Sin embargo, nuestro objetivo no consiste pura y simplemente en crear una ficción admirable desde el punto de vista estético. No se trata de crear ni historia ni ficción solamente, sino un mito. Un mito verdadero es aquel que, en el marco de una cierta cultura (viva o muerta), expresa de manera sublime, y a veces de un modo trágico, las creencias más importantes de esa cultura. (...)

Introdução de David Pringle às suas 100 Mejores Novelas de la Ciencia Ficción.

Olaf Stapledon — Hacedor de Estrellas (Prefácio de 1937)



Hacedor de Estrellas - Olaf StapledonPrefacio do autor

En un momento en que Europa corre peligro de una catástrofe mayor que la de 1914, este libro podría considerarse una inútil distracción; la defensa del mundo civilizado contra el barbarismo moderno es hoy desesperadamente urgente.

Jorge Luis Borges - Prólogo a Hacedor de Estrellas de Olaf Stapledon


Jorge Luis Borges

Nota preliminar à Hacedor de Estrellas de Olaf Stapledon

Hacia 1930, ya bien cumplidos los cuarenta años, William Olaf Stapledon abordó por primera vez el ejercicio de la literatura. A esta iniciación tardía se debe el hecho de que no aprendió nunca ciertas destrezas técnicas y de que no había contraído ciertas malas costumbres. El examen de su estilo, en el que se advierte un exceso de palabras abstractas, sugiere que antes de escribir había leído mucha filosofía y pocas novelas o poemas. En lo que se refiere a su carácter y a su destino, más vale transcribir sus propias palabras: «Soy un chapucero congénito, protegido (¿o estropeado?) por el sistema capitalista. Sólo ahora al cabo de medio siglo de esfuerzo, he empezado a aprender a desempeñarme. Mi niñez duró unos veinticinco años; la moldearon el Canal de Suez, el pueblito de Abbotsholme y la Universidad de Oxford. Ensayé diversas carreras y periódicamente hube de huir ante el inminente desastre. Maestro de escuela, aprendí de memoria capítulos enteros de la «Escritura», la víspera de la lección de historia sagrada. En una oficina, de Liverpool eché a perder listas de cargas: en Port Said, candorosamente permití que los capitanes llevaran más carbón que el estipulado. Me propuse educar al pueblo: peones de minas y obreros ferroviarios me enseñaron más cosas de las que aprendieron de mí. La guerra de 1914 me encontró muy pacífico. En el frente francés manejé una ambulancia de la Cruz Roja. Después: un casamiento romántico, hijos, el hábito y la pasión del hogar. Me desperté como adolescente casado a los treinta y cinco años. Penosamente pasé del estado larval a una madurez informe atrasada. Me dominaron dos experiencias: la filosofía y el trágico desorden de la colmena humana... Ahora, ya con un pie sobre el umbral de la adultez mental, advierto con una sonrisa que el otro pisa la sepultura».

La metáfora baladí de la última línea es un ejemplo de la indiferencia literaria de Stapledon, ya que no de su casi ilimitada imaginación. Wells alterna sus monstruos —sus marcianos tentaculares, su hombre invisible, sus proletarios subterráneos y ciegos— con gente cotidiana; Stapledon construye y describe mundos imaginarios con la precisión y con buena parte de la aridez de un naturalista. Sus fantasmagorías biológicas no se dejan contaminar por percances humanos.

En un estudio sobre «Eureka» de Poe, Valery ha observado que la cosmogonía es el más antiguo de los géneros literarios; pese a las anticipaciones de Bacon, cuya «Nueva Atlántida» se publicó a principio del siglo XVII, cabe afirmar que el más moderno es la fábula o fantasía de carácter científico. Es sabido que Poe abordó aisladamente los dos géneros y acaso inventó el último; Olaf Stapledon los combina, en este libro singular. Para esta exploración imaginaria del tiempo y del espacio, no recurre a vagos mecanismos inconvincentes sino a la fusión de una mente humana con otras, a una suerte de éxtasis lúcido, o (si se quiere) a una variación de cierta famosa doctrina, de los cabalistas, que suponían que en el cuerpo de un hombre pueden habitar muchas almas, como en el cuerpo de la mujer que está por ser madre. La mayoría de los colegas de Stapledon parecen arbitrarios o irresponsables; éste, en cambio, deja una impresión de sinceridad, pese a, lo singular y a veces monstruoso de sus relatos. No acumula invenciones para la distracción o el estupor de quienes lo leerán; sigue y registra con honesto vigor las complejas y sombrías vicisitudes de su sueño coherente.

Ya que la cronología y la geografía parecen ofrecer al espíritu una misteriosa satisfacción, agregaremos que este soñador de Universos nació en Liverpool el 10 de mayo de 1886 y que su muerte ocurrió en Londres el 6 de septiembre de 1950. Para los hábitos mentales de nuestro siglo, «Hacedor de estrellas» es, además de una prodigiosa novela, un sistema probable o verosímil de la pluralidad de los mundos y de su dramática historia.

Jorge Luis Borges

Olaf Stapledon — Galeria de Capas


Galeria de Olaf Stapledon aqui: https://plus.google.com/photos/103998711237758699926/albums/5979925729483811985

No Pinterest: http://www.pinterest.com/hermanschmitz/olaf-stapledon-gallery/


William Olaf Stapledon (1886-1950), nació en Inglaterra. Fue maestro de escuela, empleado en una compañía naviera en Liverpool y Port Said, y lector de filosofía, psicología, literatura e historia de la industria en la Universidad de Liverpool. Publicó varias obras de filosofía y las siguientes novelas: La primera y última humanidad (1930), Los últimos hombres en Londres (1932), Juan Raro (1936), Hacedor de estrellas (1937), Oscuridad y Luz (1942), Sirio (1944), Las llamas (1947), y Un hombre dividido (1950). La mayoría de las ideas fundamentales de la ciencia-ficción moderna procede de Hacedor de estrellas; las razas simbióticas (Eric Frank Russell, Theodore Sturgeon), los imperios galácticos (R. A. Heinlein, C. D. Simak, Isaac Asimov), las nebulosas y estrellas inteligentes (Fred Hoyle, Arthur C. Clarke). Stapledon -lector de Hegel, Marx y Spinoza, y socialista apasionado- desarrolla estas ideas como temas de meditación sobre el significado y propósito de la sociedad humana, el devenir del espíritu: "personalidad-encomunidad", y la creación y muerte del universo.

Héctor G. Oesterheld & Francisco Solano López - O Eternauta (HQ/Tebeo)


Ler OnLine a versão original aqui: http://www.slideshare.net/slideshow/embed_code/31125420


El Eternauta es una historieta argentina de ciencia ficción creada por el guionista Héctor Germán Oesterheld y el dibujante Francisco Solano López. Fue publicada inicialmente en Hora Cero Semanal de 1957 a 1959. Tuvo gran cantidad de continuaciones («secuelas») y reediciones, y tanto la historia original como la mayor parte de las continuaciones han sido objeto de frecuente análisis y controversia.

En 1969 Oesterheld creó una nueva versión de la historia original junto a Alberto Breccia, y luego una segunda parte, El Eternauta II, con Solano López; ambas obras tienen un tono político más agresivo que el de la historia original. Oesterheld fue desaparecido por el autodenominado Proceso de Reorganización Nacional (dictadura militar), tras finalizar el guion de la segunda parte. Posteriormente a su desaparición otros autores crearían continuaciones, como la tercera parte de la serie y Odio cósmico, mientras que el dibujante Solano López crearía, conjuntamente con Pablo Maiztegui, El mundo arrepentido, El regreso, La búsqueda de Elena y otras.

Theodore Sturgeon - Venus Mais X (Excerto)



Sequencia extraída desse interessante romance de Theodore Sturgeon: Vênus Mais X.


O neném está dormindo e o intercomunicador eletrônico, cujo par está ligado a uma tomada entre o quarto de Karen e o de Davy, na outra casa, só emite um zunido baixo e constante de 60 ciclos. As mulheres ainda não voltaram do jogo de boliche. Tudo é muito tranquilo. Os dois homens estão tomando um drinque. Smitty está meio deitado sobre o sofá. Herb olha para o televisor que por sinal está desligado, mas a sua poltrona é muito confortável e, pela sua posição, é praticamente impossível olhar numa direção diferente. Então olha para a tela vazia e examina seus pensamentos. De vez em quando, formula um pensamento em voz alta. — Smitty?
— Hum.
— Basta dizer certas palavras a uma mulher e ela desliga.
— Que palavras?
— "Diferencial".
— Smitty se vira um pouco, coloca ambos os pés no chão e endireita levemente o corpo.
— "Transmissão" — murmura Herb. — "Potencial".
— Transmissão do que, Herb?
— Também "frequência". O que eu quero dizer é o seguinte: tome uma mulher em condições perfeitas, com bom senso e tudo o mais. Capaz de sutilezas maquiavélicas no jogo de bridge, e sem esforço aparente. Destas criaturas que sabem preparar a fórmula exata para a mamadeira e a esterilizam corretamente até o último segundo. Vai ver, uma criatura que tem um despertador automático na cabeça e que pode cozinhar um ovo de quatro minutos por quatro minutos certinhos, sem olhar para o relógio. Em suma, uma mulher com um bocado de intuição e de inteligência.
— Entendi.
— Certo. Daí, você começa a lhe explicar alguma coisa e usa uma destas palavras fatais. Por exemplo, você diz que finalmente dá para comprar um carro com dispositivo que consegue bloquear as duas rodas traseiras, de maneira a fazê-las revolver juntas, e assim você pode sair do lugar mesmo que a roda se encontre sobre o gelo. Vai ver que ela já leu alguma coisa a respeito, e então pede uma explicação. Daí você diz que é simples, aquele dispositivo apenas elimina o efeito do diferencial. No instante em que você pronuncia a palavra, você pode perceber que ela desliga. Então você explica que o diferencial não é uma coisa complicada, é só uma engrenagem na transmissão cujo efeito é permitir que a roda externa gire mais rápido que a interna. Mas enquanto você está falando, percebe que ela continua desligada, e ela continuará do mesmo jeito até que você mude de assunto. A mesma coisa acontece quando você menciona o termo "frequência".
— Frequência?
— Pois é. Falei em frequência ainda no outro dia, enquanto conversava com Jeannette e ela desligou. Então parei e disse, escute, pode me dizer o que é "Frequência"? Quer saber o que ela disse?
— Quero.
— Falou que era parte de um rádio receptor.
— Ah, diacho! Mulheres!
— Smitty, você não entendeu o que eu quis dizer. Ah, diacho, mulheres! para o raio que o parta. Você não pode encerrar o assunto dizendo apenas isto.
— Posso, sim. É muito mais simples.
— Mas a coisa me incomoda. Veja o termo "Frequência", é perfeitamente claro. Explica seu significado. "Frequente" quer dizer muitas vezes, e "frequência" mostra quantas vezes algo acontece. "Ciclos" é outro destes termos, e é perfeitamente claro: ao partir de um ponto, dá uma volta e retorna ao mesmo ponto. Ou então vai da frente para trás e de volta para a frente, que afinal significa a mesma coisa. Mas se você disser a uma mulher que se trata de uma frequência de oito mil ciclos por segundo, ela desliga duas vezes seguidas.
— Deve ser porque elas não têm uma mentalidade técnica.
— O que? Já lhe aconteceu de prestar atenção enquanto elas falam em roupas? Com gomos, preguinhas, cortes enviesados e costuras francesas duplas? Alguma vez você já observou uma mulher enquanto fica costurando numa daquelas máquinas com agulhas duplas, para frente e para trás, com lançadeira oscilante e autobobinante? Ou num escritório, em frente a uma máquina IBM?
— Está certo. Entretanto não consigo ver o que há de errado no fato delas não estarem com vontade de pensar e de entender o que é um diferencial.
— Viva! Agora, sim, você falou uma grande verdade. Elas não estão com vontade de pensar nas coisas. São capazes de manipular coisas muito mais complicadas. — Mas elas não querem. Explique-me, por quê?
— Vai ver que elas pensam que não é muito feminino, ou coisa assim.
— Quer me dizer o que há nisto que não é muito feminino? Elas votam, dirigem carros e fazem um trizilhão de coisas que antes eram prerrogativa masculina.
— Não fique quebrando a cabeça — reclama Smitty. Levanta do sofá, pega o copo vazio e se aproxima de Herb para pegar o dele. — Eu acho que se elas querem assim, devemos deixar que as coisas fiquem assim, Quer saber o que a Tillie comprou ontem? Um par de botas de laçar. Pois é, iguaizinhas às minhas. Deixem que continuem a existir as tais palavras que para elas são incompreensíveis. Vai ver, quando o guri ficar adulto, esta será a única maneira dele saber quem é seu pai e quem é sua mãe. Daí, vive la différence!

Vênus Mais X de Theodore Sturgeon (Resenha)



Vênus Mais X - Theodore Sturgeon


Vênus Mais X (Venus Plus X) é o último romance de Sturgeon e um dos mais interessantes. Charlie Johns, um cidadão norte-americano contemporâneo, descobre ao despertar que foi misteriosamente transportado para um outro mundo. Está rodeado por homens bonitos com roupas coloridas e vozes aflautadas. Eles habitam uma deliciosa utopia conhecida por "Ledom" (leia-se ao contrário). Campos de força os levam pelo ar desde o topo das torres altas até as perfeitas e aplainadas planícies de abaixo. São pessoas pacíficas e felizes, que dedicam seu tempo às artes e às ciências. Charlie supõe que estes são os sucessores do Homo sapiens no século XXV. Depois de ter sido implantada em seu cérebro a linguagem de Ledom, por meio de algum processo tecnológico misterioso, é convidado a visitar o local e a fazer todas as perguntas que ele quiser. Aparentemente, os cidadãos de Ledom o trouxerem a este seu paraíso, com o propósito de se verem novamente através dos olhos ignorantes de Charlie.

Um fator significativo da sociedade de Ledom transtornou profundamente a Charlie; os nativos não são "homens". Eles não são nem homem nem mulher, mas hermafroditas. Todos estão equipados com os órgãos genitais de ambos os sexos, e todos são capazes de dar à luz. Mas Charlie é um indivíduo progressista e com uma grande imaginação, "Embora não pretendesse ser um gênio, sempre tinha sido convencido de que o progresso é dinâmico, e que, quando alguém se junta a ele tem de se inclinar um pouco para a frente, como se fosse numa prancha de surf, porque se você ficar reto, vai se afogar." Na situação em que ele está agora, não tem mais jeito, e precisa se acostumar com tudo.

Sturgeon tem recheado esta história com uma série de capítulos curtos recriando os subúrbios dos Estados Unidos na década de sessenta . Vemos dois casais indo às compras, cuidando de crianças, jogando boliche... Este é um contraste com as maravilhas do mundo de Ledom, mas o objetivo principal é mostrar que, mesmo hoje, em nosso século XX, as distinções entre os sexos estão desaparecendo. Os moradores ricos dos subúrbios também estão a caminho do hermafroditismo, mesmo que eles/elas não percebam. Vênus Mais X é um prenúncio notável de FC feminista dos anos setenta. Ele tem uma pequena dívida com The Disappearance (1951), de Philip Wylie, um romance que imagina um mundo sem homens (e, reciprocamente, um mundo sem mulheres), mas o livro de Sturgeon continua sendo uma das especulações mais originais sobre o assunto do sexo.

(Resenha publicada em "Las 100 Mejores Novelas de Ciencia Ficción" de David Pringle e traduzida por Herman Schmitz).

Aproveite para baixar o Epub em português aqui: http://minhateca.com.br/Herman.Schmitz/Marcianos.Cinema/Autores/Theodore+Sturgeon/VENUS+MAIS+X+-+Theodore+Sturgeon,2460327.epub



Theodore Sturgeon - Biblioteca


Acesse aqui a biblioteca de Theodore Sturgeon: http://minhateca.com.br/Herman.Schmitz/Marcianos.Cinema/Autores/Theodore+Sturgeon


O Homem Sintetico Theodore Sturgeon.pdf                             935 KB
Sturgeon, Theodore - La barrera y otros relatos.pdf                1002 KB
Sturgeon, Theodore. [A] Regreso.pdf                                 614 KB
Sturgeon, Theodore. [N] Cuerpodivino.doc                            348 KB
Sturgeon, Theodore. [N] El bulldozer asesino.doc                    162 KB
Sturgeon, Theodore. [N] Mas que humano.doc                          539 KB
Sturgeon, Theodore. [N] Violacion Cosmica.pdf                       308 KB
Sturgeon, Theodore. [R] ...y Atrapar al Unicornio.doc                54 KB
Sturgeon, Theodore. [R] Cuando hay interes, cuando hay amo..        118 KB
Sturgeon, Theodore. [R] El hombre que aprendio a amar.doc            42 KB
Sturgeon, Theodore. [R] El monstruo.doc                              79 KB
Sturgeon, Theodore. [R] Los Ninos del Apacible Comediante...        130 KB
Sturgeon, Theodore. [R] Los Poderes de Xanadu.pdf                    63 KB
Sturgeon, Theodore. [R] Prodigio.doc                                 46 KB
Theodore Sturgeon - (Mundos Imaginarios) Cuerpo divino.pdf          665 KB
Theodore Sturgeon - Cuando hay interes, cuando hay amor.doc         118 KB
Theodore Sturgeon - Cuerpodivino.doc                                364 KB
Theodore Sturgeon - Deslumbrado.pdf                                  77 KB
Theodore Sturgeon - El bulldozer asesino.doc                        162 KB
Theodore Sturgeon - El Escalpelo De Occam.pdf                        53 KB
Theodore Sturgeon - El Hombre Que Aprendio A Amar.doc                42 KB
Theodore Sturgeon - El Hurkle Es Un Animal Feliz.pdf                 40 KB
Theodore Sturgeon - Extrapolación.doc                               109 KB
Theodore Sturgeon - La barrera y otros relatos.rtf                  729 KB
Theodore Sturgeon - La Educacion De Drusilla Strange.pdf             74 KB
Theodore Sturgeon - La Fuente Del Unicornio (cuentos).doc           759 KB
Theodore Sturgeon - La Navaja De Occam.doc                           89 KB
Theodore Sturgeon - Las Estrellas Son La Estigia.pdf                 92 KB
Theodore Sturgeon - Los Cristales Soñadores.pdf                     279 KB
Theodore Sturgeon - Los Ninos Del Apacible Comediante (196..        130 KB
Theodore Sturgeon - Los Poderes De Xanadu.pdf                        63 KB
Theodore Sturgeon - Mas Que Humano.pdf                             1274 KB
Theodore Sturgeon - Mundo Bien Perdido.htm                           55 KB
Theodore Sturgeon - Nascita Del Superuomo.pdf                       774 KB
Theodore Sturgeon - Nuevamente Sturgeon (cuentos).pdf               503 KB
Theodore Sturgeon - Regla De Tres.pdf                                85 KB
Theodore Sturgeon - Regreso.pdf                                     614 KB
Theodore Sturgeon - Sombras Chinescas.doc                            42 KB
Theodore Sturgeon - Un Camino A Casa.htm                             23 KB
Theodore Sturgeon - Violacion Cosmica.pdf                           308 KB
Theodore Sturgeon - Y A Atrapar Al Unicornio.doc                     72 KB
Theodore Sturgeon - Y Ahora Las Noticias.doc                         70 KB
Theodore-Sturgeon-Venus-mais-X-SCI-FI.doc                           584 KB
VENUS MAIS X - Theodore Sturgeon.epub

Ray Bradbury — Apresenta Theodore Sturgeon em um Antologia


Introdução à Antologia de Sturgeon: La Fuente del Unicornio
por RAY BRADBURY



Quizá la mejor manera de expresar lo que pienso de un cuento de Theodore Sturgeon sea explicar con qué minucioso interés, en el año 1940, abría por el medio cada relato de Sturgeon y le sacaba las tripas para ver qué era lo que lo hacía funcionar. Hasta ese momento yo no había vendido ningún cuento, tenía veinte años y fiebre por conocer los enormes secretos de los escritores de éxito. Miraba a Sturgeon con secreta y persistente envidia. Y la envidia, tenemos que admitirlo, es para un escritor el síntoma más seguro de la superioridad de otro autor. Lo peor que se puede decir del estilo de un escritor es que te aburre; lo más elogioso que se me ocurre sobre Sturgeon es que odiaba su maldito y eficiente ingenio. Y como él tenía lo que yo andaba buscando, originalidad (cosa siempre rara en las revistas populares), no me quedaba más remedio que volver una y otra vez a sus cuentos, atormentado de envidia, para disecarlos, desmontarlos, reexaminarles los huesos. No sé si de veras descubrí alguna vez el secreto de Sturgeon. Es muy difícil cortar el gas hilarante con un bisturí. La gracia y la espontaneidad son muy evasivas, materiales brillantes y gaseosos que pronto estallan y se esfuman. Levantas la mano para señalar un latido de fuegos artificiales en un cielo de verano, gritas " ¡Mira! ", y bajas el brazo porque, mientras tratabas de tocarla, la maravilla se desvaneció.

Sturgeon tiene muchos de los atributos de una magnífica traca con un potente trueno final. Hay en sus cuentos luces de Bengala y maravillosas culebras y volcanes de invención, humor y encanto. Y antes de emprender el viaje por este libro y sus correspondientes maravillas, quizá te convenga hacerte una radiografía de las glándulas. Porque es evidente que el señor Sturgeon escribe con las glándulas. Y si no lees con las glándulas funcionando correctamente, este libro no es para ti.

Pero escribir con las glándulas es una ocupación precaria. Muchos escritores tropiezan con sus propios intestinos y caen a una muerte terrible, entre retorcidas masas de tripas, en las fauces de la negra y muy malvada máquina de escribir. Eso no pasa con Sturgeon, porque es evidente que sus vísceras, a medianoche, proyectan un increíble resplandor sobre todos los objetos cercanos. En un mundo de falsa solemnidad y enorme hipocresía, es maravilloso encontrar cuentos escritos no sólo con ese voluminoso objeto arrugado que hay por encima de los ojos sino, sobre todo, con los vigorosos ingredientes de la cavidad peritoneal.

Ante todo, Sturgeon parece amar la escritura, y deleitarse con relatos felices de ritmo trepidante. Es cierto que algunos de los cuentos incluidos en este libro no son monumentos a la alegría sino, aviesamente, fríos y verdes edificios de miedo. Hay que recomendar este libro a esos médicos oscuramente inescrupulosos que suelen despachar los violentos extremos de enfriamiento y calentura de sus pacientes diciendo que el resultado inevitable es la gripe.

No conozco personalmente al señor Sturgeon, pero desde hace algún tiempo sus cartas estallan en mi buzón, y después de algunos días de conjeturas he llegado a la conclusión de que el señor Sturgeon es un niño que se ha escapado de su casa un día de primavera y ha buscado refugio y alimento bajo un puente, un gnomo pequeño y brillante que usa pluma y tinta rápidas y papel blanco mientras escucha, allá arriba, el trueno de un mundo intemporal. Y ese gnomo increíble, bajo su estruendoso puente, al no poder ver el mundo secreto que le pasa por encima, se ha formado sus propios conceptos acerca de esa oculta civilización. Allí arriba, ¿quién sabe?, podría ser el año 1928, o 2432, o 1979. Parte de la imagen que tiene está sacada de una manera de vivir que ha adivinado con divertida precisión a partir de los sonidos de las pisadas y de los ruidos y las voces de la gente que pasa por lo alto; el resto es pura fantasía e invención, un gigantesco carnaval distorsionado pero más real todavía a causa de su irrealidad. Nos vemos retratados en poses grotescas, en plena actuación.

Espero conocer algún día a Sturgeon. Iré a hacer alguna excursión a pie por el centro y el este, por caminos rurales y por senderos de sicómoros, y me detendré en cada puente a escuchar y mirar y esperar, y quizá una tarde de verano, en el silencio propio de esos días, miraré hacia abajo y al pie de un arco de esquisto encontraré al señor Sturgeon escribiendo con pluma y tinta. No será fácil encontrarlo, pues todavía no he entendido qué tipo de puente prefiere, si los puentes altos, metálicos y arquitectónicos como el de Brooklyn y el de San Francisco, o puentes de arroyo pequeños, olvidados, cubiertos de musgo, donde cantan los mosquitos y el silencio es verde. Cuando haya entendido las dos mitades de su escindida personalidad de escritor, iniciaré la caminata. Y si al llegar a algún puente solitario es de noche, reconoceré su escondite por el puro y brillante resplandor que emiten sus vísceras, que permitirá ver hasta el otro extremo del prado y la montaña más lejana.

Mientras tanto, felicito al señor Sturgeon diciendo que todavía lo odio .

RAY BRADBURY
Los Ángeles, 1948

Galeria do Futuro - Quadros temáticos

Tigre! Tigre!

A Máquina do Tempo

Girinos em Órbita

Me dê a Mão

A Nado

Espelho Insólito

Larry Niven & Jerry Pournelle - Inferno (Cap.1 + ePUB)


Capítulo 1 desse livro muito engraçado e genial, Inferno de Larry Niven, disponível para baixar na minha biblioteca virtual, juntamente com outros de sua autoria. link no final.


"1

Pensé en lo que era estar muerto.

Recordaba perfectamente todos los detalles de aquella última estupidez, hasta el más mínimo. Cuando terminó yo estaba muerto. Pero, ¿cómo podía pensar en lo que era estar muerto si había muerto?

Cuando se me pasó la histeria me dediqué a pensar en ello. Tenía montones de tiempo para pensar.

Llámenme Allen Carpentier. Es el nombre que usé como escritor, y alguien lo recordará. Era uno de los escritores de ciencia ficción más conocidos del mundo y tenía montones de seguidores. No escribía el tipo de relatos que ganan premios pero resultaban entretenidos y había escrito muchos. Todos los aficionados me conocían. Alguno debería acordarse de mí.

Ellos fueron los que me mataron. Al menos, me dejaron hacerlo. Es un viejo juego. En las convenciones de ciencia ficción los aficionados intentan conseguir que su autor favorito pille una buena borrachera. Después pueden irse a sus casas y dedicarse a explicar que Allen Carpentier pilló una curda de campeonato y que ellos estaban ahí para verlo. Van embelleciendo sus relatos hasta que acaban creando auténticas leyendas sobre cómo se portan los escritores en las convenciones de ciencia ficción. Pero lo hacen con buena intención, para divertirse. La verdad es que me aprecian, y yo les aprecio a ellos.

Eso creo. Pero los premios Hugo se conceden según las votaciones de los aficionados, y para ganar tienes que ser popular. Me han nominado cinco veces a los premios y jamás he ganado ni uno, por lo que ese año me propuse hacer un montón de amistades. En vez de esconderme en un cuartucho con otros escritores me fui a una fiesta de aficionados y me dediqué a beber en una habitación llena de chavales bajitos y feos con la cara llena de granos, tipos altos y serios con todas las pintas de haber estudiado en Harvard, chicas con el pelo largo y grasiento, chicas que no estaban del todo mal vestidas para enseñar que no estaban del todo mal y, para mi gusto, demasiada poca gente que tuviera un mínimo de educación.

¿Recuerdan la fiesta de Guerra y paz? Sí, ésa donde uno de los personajes le apuesta a los demás que es capaz de sentarse en el alféizar de una ventana y beberse toda una botella de ron sin agarrarse a nada... Bueno, pues yo hice la misma apuesta que él.

El hotel donde se celebraba la convención era bastante grande y la habitación se encontraba en el octavo piso. Trepé por el alféizar y me quedé sentado con los pies rozando las piedras de la fachada. La contaminación se había disipado y la ciudad de Los Angeles tenía un aspecto precioso. Incluso con las restricciones de energía había luces por todas partes, ríos de luz que se movían por las autopistas, el resplandor azulado de las piscinas situadas cerca del hotel: toda una parrilla de luces que se extendía hasta donde llegaban mis ojos. También había fuegos artificiales, pero no sé qué estarían celebrando.

Me dieron una botella de ron.

-Eres increíble, Allen -dijo un adolescente de mediana edad. Tenía acné y le olía el aliento, pero editaba una de las revistas de ciencia ficción que tiraban más ejemplares. No habría sabido reconocer una referencia literaria ni aunque le mordiera en la nariz-. Eh, menuda caída...

-Cierto. Hace una noche preciosa, ¿verdad? Ahí está Arturo, ¿la ves? La estrella que más se mueve. En los últimos tres mil años se ha desplazado un par de grados. Igual que si estuviera haciendo carreras.

Las últimas y triviales palabras de Allen Carpentier: una conferencia estúpida destinada a gente que no sólo conocía ya lo que les estaba diciendo, sino que lo habían leído en uno de mis relatos. Cogí la botella de ron y eché la cabeza hacia atrás para beber.

Fue igual que beberse ácido de batería ardiendo. No resultaba nada agradable. Mañana lo lamentaría. Pero los aficionados empezaron a gritar a mi espalda, y eso me hizo sentir bien hasta que me di cuenta del porqué gritaban. Asimov acababa de entrar en la habitación. Asimov escribía artículos científicos, relatos, novelas y comentarios sobre la Biblia, Byron y Shakespeare, y producía más material en un año de lo que nadie puede escribir en toda una vida. Yo solía robar datos e ideas de sus artículos. Los aficionados le estaban aclamando a gritos mientras que yo me jugaba el cuello para ofrecerles el mayor espectáculo de todas las convenciones en que Allen Carpentier se había emborrachado.

Sin nadie mirando.

La botella ya estaba medio vacía cuando mis reflejos se activaron, produciéndome una oleada de náuseas que derramaron una buena cantidad de ron ya engullido en mi nariz y senos nasales. Me doblé hacia adelante para toser y expulsar el líquido de mis pulmones y salí disparado de la ventana.

No creo que nadie me viera caer.

Fue un accidente, un accidente estúpido provocado por el alcohol y, de todas formas, fue culpa de los aficionados. ¡No tenían por qué haberme dejado hacer eso! Y fue un accidente, estoy seguro de ello. No sentía tanta pena hacia mí mismo.

La ciudad seguía estando tachonada de luces. Un cohete estalló derramando puntitos de fuego amarillo y verde que se recortaron contra el cielo estrellado. Mientras caía, pegado al hotel, pude disfrutar de un panorama muy agradable. Y me pareció que tardaba mucho en llegar al suelo."

Inferno e outros livros de Larry Niven e Jerry Pournelle, aqui: http://minhateca.com.br/Herman.Schmitz/Marcianos.Cinema/Autores/Larry+Niven


Link direto para o epub: http://minhateca.com.br/Herman.Schmitz/Marcianos.Cinema/Autores/Larry+Niven/INFERNO+-+Larry+Niven,2194910.epub

Larry Niven & Jerry Pournelle - Juramento de Fidelidad (Resenha)

Juramento de Fidelidad

LARRY NIVEN & JERRY POURNELLE

Larry Niven (nacido en 1938) y Jerry Pournelle (nacido en 1933) son los representantes de la Nueva Derecha en la ciencia ficción norteamericana. Su cf tiende a ser tecnofílica, militarista y de una persistente "tozudez". La paja en el ojo de Dios (1974), la primera novela que escribieron en colaboración, fue un bestseller, y podría clasificárselo como una anticuada ópera espacial, de la cual The Encyclopedia of Science Fiction dice: "Diversos comentaristas han criticado el libro por lo que consideran chauvinismo respecto de la humanidad, su incoherencia entre un argumento imaginativo y unos personajes anticuados, y una postura política conservadora". Otro trabajo reciente, El martillo de Lucifer (1977), es un mero panfleto a favor de los científicos e ingenieros norteamericanos y contra el movimiento ecologista, el pacifismo y otras doctrinas de tinte moderado. También fue un gran éxito comercial. Juramento de fidelidad (Oath of Fealty) es el más interesante de los libros de Niven y Pournelle, una novela más impregnada de verdadero sentido del debate que de mero sermón. La dedicatoria dice con acierto: "A Robert A. Heinlein, quien nos ha enseñado todo sobre cómo hacerlo".

La novela está escrita en el probado y auténtico estilo de la ficción moderna de los bestseller, muchos personajes de diferentes niveles sociales, cada uno con un "problema" personal, rápidos cambios de escenografía, y un sistema cerrado, la "arcología" denominada Todos Santos, que funciona como una sociedad global en pequeña escala. Allí donde en Arthur Hailey había un aeropuerto o un hotel, Niven y Pournelle nos presentan un enorme edificio de cincuenta plantas, de casi seis kilómetros de largo y equipado con cintas rodantes, acceso a los trenes subterráneos y un iceberg cercano para proveerse de agua. En el "sistema total" de esta pequeña ciudad viven y trabajan doscientas cincuenta mil personas: desde sus balcones pueden contemplar los barrios bajos del Gran Los Ángeles, y sentirse superiores. Sus vidas están reguladas por el sistema informatizado de Todos Santos, MILLIE: son vigilados por hombres armados, y guardan una suerte de lealtad feudal a su infatigable Administrador, un entrañable dictador llamado Art Bonner.

Bonner, y uno o dos personajes más, son seres humanos adaptados especialmente. Han sido dotados de "implantaciones" enormemente caras, dispositivos craneales que les permiten comunicarse directamente con MILLIE, lo cual hace innecesaria la existencia de burócratas intermediarios; Bonner es capaz de gobernar sabiamente Todos Santos gracias a que puede acceder inmediatamente a un conocimiento completo de sus propias funciones: está al tanto de todo lo que sucede, en todas partes. Si no fuera por este práctico dispositivo de ciencia ficción, y la gran competencia del señor Bonner, que se da por sentada, el lector podría poner en cuestión el buen funcionamiento de esta compleja arcología (recuerda a Rascacielos, de J. G. Ballard, pero es improbable que Niven y Pournelle hayan leído esa novela). Los habitantes de Todos Santos no se preocupan por sus propios y obscuros deseos: en cambio, tienen un enemigo exterior contra el cual luchar. "¿Habéis seguido las noticias?", pregunta un personaje. "Los FROMATES, los Amigos del Hombre y la Sociedad de la Tierra, siguen intentando sabotear a Todos Santos. Por no mencionar a otros diversos grupos aborrecibles. Y preparan un chantaje para sacar dinero. Bombas de olor. Nidos de avispas. Ese tipo de cosas, en general, pero a veces los terroristas llegan a niveles realmente horribles, como la granada que mató una docena de personas en la Arcología Central de la Corona, en Kansas."

La historia de la novela comienza con la intrusión de ciertos jóvenes rebeldes en las entrañas de la arcología. Llevan una falsa bomba -su propósito es hacer propaganda-, pero el sistema defensivo de Todos Santos cree que están verdaderamente armados, y los asfixia con gas. Gran parte de la trama gira alrededor de las consecuencias políticas de este incidente y del análisis de los aciertos y los errores del caso. El más "patriota" de los habitantes de la arcología defiende un lema horrible: "Piensa en ello como evolución en acción". Es el punto de vista del darwinismo social e, implícitamente, el de los autores.  Juramento de fidelidad no es un libro muy verosímil pero, como descripción del desarrollo dinámico de un futuro cercano, formula una cantidad de preguntas válidas y no las contesta a la ligera.


Primera edición: Simon & Schuster, Nueva York, 1981.
Primera edición en castellano: Acervo, Barcelona, 1983.

Fuente: David Pringle - Las 100 Mejores Novelas de La Ciencia Ficción

Larry Niven — Gallery Cover & Biography


Link para a galeria no Google+: https://plus.google.com/photos/103998711237758699926/albums/5975511567849851889

No Pinterest: http://www.pinterest.com/hermanschmitz/larry-niven-gallery/


NIVEN, LARRY (1938- ), USA
 

Larry Niven began his writing career in the 1960s at a time when manyyounger SF writers were being seduced by the NEW WAVE movement and its emphasis on the SOFT sciences such as psychology and sociology.